domingo, 26 de fevereiro de 2012









Dilma Dinamite

1
Somos um país moderno
Já estamos no futuro
Por isso nosso governo
Não fica em cima do muro
Toma a decisão certa
Se acabou aqueles furo

Temos nossa presidenta
Que a todos enobrece
Gente ruim não lhe assusta
Nem tão pouco a esmorece
Pois pra quem tem a verdade
Até o Diabo empalidece

O povo chega com papo
Querendo ludibriar
Dilma dar aquela olhada
Da logo um chega pra lá
Diz não gosto de jeitinho
E me deixem trabalhar...

4
O cabra desnorteado
Nem sabe o que falar
Enfia o rabo nas pernas
Sai pensando o que que há?...
Achei que por ser mulher
Era fácil de lidar

5
Mas caiu foi do cavalo
E é bom se acostumar
Pois político doravante
Vai ter muito que ralar
Não é ficar com conversa
O negócio é trabalhar
  
6
Fazer escola bem boa
Pra menino estudar 
Ver as estradas também
Pra o progresso alavancar
Pois são umas porcarias
Que só faz envergonhar

7
E quem anda por aí
De carro pequeno ou van
Vive é uma aventura
Feito filme de Tarzan
A pessoa tem é sorte
Se a coluna sair sã

Será que ninguém mais sabe
O que vamos sediar
Que o povo do estrangeiro
Vai em tudo reparar
Só era o que faltava
Nessa hora aprontar
 
A copa já tá aí
Olimpíada também
O tempo está chegando
E não vai poupar ninguém
Temos que fazer direito
Para representar bem

10 
É hora de dar um salto
O momento é crucial
Se a política ficar
No fuxico e coisa e tal
Nós vamos dar é vexame
Em caráter mundial

11 
O Brasil tava esquecido
Não se ligava pra ele
Agora que entrou na moda
Vão querer olhar pra ele
Temos que mostrar ao mundo
Que não somos mais aquele

12 
Lugar de gente atrasada
Que era só impunidade
Com pessoal no governo
Sem muita seriedade
Vamos mostrar para o mundo
Uma nova sociedade


13
Será que o povo esqueceu
Do tempo da ditadura
E que nossa presidenta
Ficou numa cela escura
Por enfrentar Costa e Silva
E a sua linha dura

14 
Ela fez isso pra quê?
Não vamos esquecer não
Pois até na luta armada
Dilma teve atuação
Sacrificou mocidade
Pelo bem dessa nação 

15 
Muitos gostam de falar
Uns dizem que até lutou
Que sofreu uma represália
Um empurrão no corredor
Será que foi assim mesmo
Ou se auto-exilou
  
16
Por que teve cabra macho
Que ele logo amarelou
Sumiu pra o meio do mundo
Só voltou quando acabou
Com Dilma foi diferente
Quando o Dops lhe pegou
 
17 
Quero ver quem que aguenta
Tudo que ela aguentou
Quero ver quem não tremia
No escuro corredor
Que levava ao porão
Pra ver o investigador

18 
E mesmo sendo mulher
Não pensem que adiantou
Essa jovem sofreu muito
Na mão do torturador
Pois tinha 23 anos
Quando o Dops lhe levou

 


19
Três anos ficou detida
Num terrível cativeiro
Às vezes o pau quebrava
E durava o dia inteiro
Mas ela foi muito firme
Não entregou companheiro

20 
E o torturador malvado
Dava conta do recado
O corpo dela vivia
Quase todinho marcado
Mas mesmo assim nós sabemos
Que está tudo anistiado 

21
Dilma é de sagitário
Tem um coração enorme
Boa filha, boa mãe
Tudo dela é nos conforme
Não vá com conversa não
É melhor que se informe

22
Ela é uma lutadora
Muito séria e dedicada
E nós temos que apoiá-la
Em sua nobre jornada
Pois só mesmo uma mulher
Como ela preparada
  
24
Tem peito pra governar
Essa terra complicada
Pois não há nação no mundo
Assim diversificada
Mas a alma feminina
Vai poder com a empreitada

25 
É a melhor “presidente”
Sarney disse uma vez
“Madame leprésident”
Usando o modo francês
É verdade o que digo
E garanto a vocês
 

26 
E antes que isso estique
Que a coisa fique alongada
Os versos param aqui
E não se fala mais nada
Pois até na Neewsweek
Revista prestigiada

27
A foto da Presidenta
Nela já foi estampada
E a fama da mulher
Está no mundo espalhada
Ela é Dilma Dinamite
E topa qualquer parada


                FIM
Autor Luís Emanuel Cavalcanti
Porto Seguro 27 de fev 2012



quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Os engenhos de minha terra

Dos engenhos de minha terra
Só os nomes fazem sonhar:

- Esperança !
- Estrela d'Alva !
- Flôr do Bosque !
- Bom-Mirar !

Um trino… um trinado… um tropel de trovoada…
e a tropa e os tropeiros trotando na estrada:

- Valo!
- Êh Andorinha !
- Ê Ventania !
- Ê...

"Meu Alazão é mesmo bom sem conta !
Quando ele aponta tudo tem temor…
A vorta é esta: nada me comove !
Trem, outomove, seja lá que for…"


"Por isso mesmo o sabiá zangou-se !

Arripiou-se foi cumer melão…
Na bananeira ela fazia: piu !
Todo mundo viu, não é mentira não…"

- Bom dia, meu branco !
- Deus guarde sua senhoria, Capitão !

Dos engenhos de minha terra
Só os nomes fazem sonhar:

- Esperança !
- Estrela d'Alva !
- Flôr do Bosque !
- Bom-Mirar !